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HISTÓRIA DA IGREJA

HISTÓRIA DA IGREJAHistória – evento – acontecimento no tempo e no espaço – resultado da ação humana através dos tempos;
Resultado – absoluto e objetivo, pois o conhecimento pleno somente Deus o tem.}Historiador – limitado por fazer parte da História, que é seu objeto de estudo.
História – ciência distinta com processo de pesquisa próprio, o historiador tem o papel de testar a autenticidade das informações.


História da Igreja - relato interpretado da origem, progresso e impacto do cristianismo sobre a sociedade humana.
O Espírito Santo é o elemento sobrenatural da História da Igreja. A História da Igreja é produzida por meio dos seguintes elementos:
Elemento Científico – usa-se técnicas científicas, arqueologia, vestígios do passado, documentos e testemunhas oculares.
“O papel de Deus na História inviabiliza a ideia de História como ciência exata.”


Elemento Filosófico – As filosofias da história podem ser divididas em três categorias:
1.Pessimistas – interpretação materialista da realidade, os pessimistas são obcecados pelo
fracasso do homem, para eles a civilização tem um ciclo de vida que inicia no nascimento,
adolescência, maturidade, decadência e morte.
Nossa civilização (ocidental) está em decadência e consequentemente o cristianismo
morrerá com ela.


2. Otimistas – A história é vista como um gráfico Ascendente, aceitam a evolução biológica e social e vêem o tempo como linear. Marx – A realidade das instituições são determinadas pelos processos econômicos de produção. – Estes pensadores sempre enfatizava o poder do homem para redimir-se de sim mesmo ao mundo.
3. Otimistas/Pessimistas – concordam com o fracasso do homem não regenerado; porém à luz
da revelação e da graça divina, são otimistas em relação ao futuro do homem.


-Os otimistas/pessimistas abordam a história como teístas bíblicos e procuram encontrar a
glória de Deus no processo histórico.
Elemento artístico – o historiado tem que se empenhar para ser o mais artístico possível na
apresentação dos fatos, não se deve mostrar a história como uma atividade monótona.

o valor da História da Igreja...... como síntese – correlação entre os dados Factuais do passado concernente ao evangelho, e a proclamação, aplicação futura do mesmo. A história mostrando o Espírito de Deus em ação, dando ao homem uma melhor compreensão teórica do evangelho.
... como auxílio para compreensão do presente – se conhece o presente quando temos uma
melhor compreensão do passado. Conhecimento da origem das igrejas e ter umamelhor interpretação dos problemas atuais das
Igrejas.

... como guia (1Cor 10:6-11) – Para reparar os males existente, evitar erros, equívocos. O presente é certamente produto do passado e semente do futuro.
... como força motivadora – oferece entusiasmo, inspiração para o conhecimento maior, como estímulo para uma vida espiritual elevada

... como ferramenta prática – serve como ilustração em pregações e estudos a teoria
... como força libertadora – o estudo da igreja nos leva sentir o verdadeiro Corpo de Cristo, através dos séculos, completando a história que o homem faz de si com o enfoque da fé em um Deus vivo e único.


Organização da História da Igreja A organização da Igreja se dá pelos seguintes tópicos:
Político – envolve as relações Igreja/Estado.
Propagação da fé – estuda as circunstâncias da propagação da fé cristã e como consequencia a
perseguição.
Administração da Igreja – o governo interno da igreja, a divisão dos cargos eclesiásticos, a
disciplina, as formas de adoração e doutrinas.
Polêmica – luta da igreja para combater as diversas heresias que surgem com o tempo e
como desafio.
Práxis – trabalho prático da vida do cristão, estudo da educação cristã, liturgia, arte, pregação, etc.


DIVISÕES DA HISTÓRIA DA IGREJA
Igreja antiga – 5 a/C a 590 d/C – evolução da igreja católica imperial e o início do sistema católico romano.
Ambiente geral de atuação – civilização greco-romana (clássica);
Ambiente político de atuação do Império Romano;


1. O avanço do cristianismo até o ano 100:
-Nascimento da Igreja;
-Nascimento, morte e ressurreição de Cristo;
-O crescimento do cristianismo dentro do e a ruptura no Concílio de Jerusalém;

-O papel fundamental dos apóstolos no período;


2. A luta da antiga igreja católica imperial para sobreviver (100-313)
-Período marcado pela perseguição do Estado Romano contra a Igreja e o aparecimento das heresias.


3. Supremacia da antiga Igreja Católica Imperial
-Período de reconciliação com o Estado Romano – Imperador Constantino;
-União com o Estado – Imperador Teodósio
-Igreja dominada pelo Estado – longo tempo de controvérsias doutrinárias.

-Surgimento do monasticismo – reação crescente mundanização da igreja.
-Igreja católica imperial se torna a igreja católica romana.


4. Igreja Medieval (590-1517)
-Luta para cristianização dos povos bárbaros.
-União com o reino Franco, ameaça do Islamismo.
-Cisma da Igreja – surgimento da Igreja grega ortodoxa (governo de Justiniano), criação de João Damasco.


5. Supremacia do Papado
-Liderança dos papas – Gregório VII, Inocêncio III – supremacia sobre o Estado.
-Cruzadas – prestígio à Igreja (Papa Urbano II)
-Filosofia grega de Aristóteles foi integrada ao cristianismo por São Tomás de Aquino (Tomismo).


6. O Renascimento Moderno (1305 – 1517)
-Igreja corrupta, reformadores tentando melhorar a imagem da mesma.(Jonh Huss e Jonh Wycliff)Expansão marítima – formação dos Estados Nacionais, consolidação burguesa, classe média, forças externas derrubam a Igreja.


7. Igreja Moderna
-Reforma e Contra Reforma – luteranismo (Alemanha), anglicanismo (Inglaterra), Calvinismo (Suíça).
-Contra reforma – Concílio de Trento e Inquisição.


8. Racionalismo, Reavivamento e Dominacionalismo (1648-1789)
-Ideias reformadoras chegam a América – puritanos.


9. Tempos de reavivamento – Missões e
modernismo (1789-1914)
Catolicismo X Protestantismo – Amplo movimento missionário


10. Igreja e sociedade em tensão desde 1914
enfrentamento de problemas-neoprotestantismo


UM POUCO DA HISTÓRIA DOS HEBREUS Era dos Patriarcas –Abraão, Moisés e Josué;
Era dos Juízes – Gideão, Sansão, etc
Era dos Reis – Saul (início), Davi (guerras de conquistas), Salomão – auge, esplendor e
decadência
Morte de Salomão – divisão do reino:
Norte – Jeroboão – 10 tribos – Israel Sul – Roboão – 10 tribos – 2 tribos - Cisma hebraico
Século VIII a.C – Sargão II dos Assírios conquista o reino de Israel
Século VI a. C – Nabucodonosor, imperador da Mesopotâmia toma Jerusalém – Cativeiro da
Babilônia


-539 a.C. – Ciro da Pérsia conquista a Babilônia, -Hebreus são libertados e voltam para a Palestina.
-Palestina sofre várias invasões – Gregos, Macedônios e Romanos e os Hebreus são novamente submetidos a perseguições – início a mais uma migração dos judeus.
- 70 d C – Tito destrói Jerusalém – judeus abandonam novamente a Palestina.
- II Guerra Mundial – movimento de perseguição dos
judeus – Hitler – Holocausto.
- Movimento Sionista – movimento dos judeus de volta a Palestina, século XX – 1948 – criação do Estado de Israel (ONU).

O NASCIMENTO DA IGREJA
-Jesus – foi a revelação de Deus à humanidade em prol de sua redenção.
-Os evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos não deixam dúvidas quanto a isso - Lc 2:2, 1:5 / Mt 2:1 / Mc 1:9
-João afirma que o nascimento/morte/ressurreição de Jesus não é um fato transitório (João 1:14) – o verbo que estava no princípio.
O AVANÇO DO CRISTIANISMO ATÉ O ANO 100
-Jesus veio na PLENITUDE DOS TEMPOS –Gálatas 4:4 - preparação histórica para vinda de Cristo.
-Marcos 1:15 – a vinda de Cristo aconteceu quando tudo já estava preparado


-CONTRIBUIÇÃO DE DIVERSOS POVOS PARA A PLENITUDE DOS TEMPOS:
-ROMANOS
- Sociedade universal – senso de unidade (Império);
-Homem mais solidário (cristianismo prega sob a unidade da raça humana, todos estão sob a pena do pecado – Unidade)
-Unidade política – aplicação de uma lei única.
Obs: “A lei romana com sua ênfase na dignidade do Indivíduo e no direito deste à justiça e à
Cidadania romana, além de sua tendência a agrupar homens de raça diferentes numa só organização Política, antecipou um evangelho que proclamava a unidade da espécie, ao anunciar a pena do pecado e o Salvador do Pecado”.


-Movimentação livre em torno do mundo Mediterrâneo (comércio).
-Unificação do mundo romano – facilitação da propagação do evangelho.
-Exército romano como objeto de missões – um soldado convertido poderia espalhar as boas novas
para vários lugares onde fosse lutar pelo Império, soldado como um missionário em potencial.
-Criação e melhoria no sistema de estradas facilitando o transporte na Europa Ocidental.
-Conquistas romanas deixam os povos conquistados no chamado “vácuo espiritual”, pois esses povos perdem a fé em seus deuses.



-O vácuo espiritual causado pelas conquistas romanas vão criar uma demanda para as chamadas
religiões de mistério, que vão rivalizar com o cristianismo para o preenchimento desse vácuo.
-Entre essas religiões destacam-se: a adoração à Cibele (mãe terra), a adoração dessa deusa da
fertilidade tinha como ritos a chave da morte, ressurreição, elementos que atraíam o povo.
-Culto a Ísis - deusa do Egito morte e ressurreição.
-Mitraísmo – grandes refeições sacrificiais.
-Quando as pessoas descobriram que o sangue derramados nessas religiões nada podiam fazer, se viam inclinadas ao cristianismo.

-Gregos - contribuições intelectuais
-Enquanto Roma criou o ambiente político para o cristianismo, Atenas vai se tornar o ambiente intelectual propício à propagação do Evangelho, contribuições que podemos citar:
-Língua universal – era necessário uma língua universal para que pudéssemos ter um impacto universal - o grego era a língua universal do mundo medieval.
-Foi através da língua grega que os cristãos conseguiam se comunicar com os povos do mundo antigo, usando- a inclusive para escrever o seu Novo Testamento – a Septuaginta


-Filosofia grega – preparou o caminho para a vinda do cristianismo destruindo as antigas religiões.
-A disciplina intelectual dos gregos tornou inteligível, em termos racionais, a sua religião politeísta. Mas a filosofia conseguia satisfazer as necessidades espirituais do homem, que procurava conforto nas religiões de mistério.
-Surgem filosofias de pensamentos egoístas e individualistas, que apenas aspiravam por Deus tais como o Epicurismo e o Estoicismo.
-Epicurismo – de Epicuro – a felicidade era encontrada na busca pelo prazer.
-Estoicismo – A vida era governada por um logus e deveríamos aceitar com serenidade o bem e o mal.


-Essas filosofia não poderiam jamais revelar um Deus pessoal de amor levando-as ao fracasso.
-Somente o cristianismo era capaz de preencher o vazio na vida espiritual então.
-As filosofias gregas chamavam atenção para uma realidade que transcendia o mundo temporal e visível em que a sociedade vivia.
-Tanto Platão como Sócrates ensinaram, cinco séculos antes de Cristo, que este presente mundo temporal dos sentidos é apenas uma sombra do mundo real em que os ideais supremos são abstrações intelectuais com o Bem, a Beleza e a Verdade. Insistiam que a realidade não era temporal e material, Mas espiritual e eterna.


-O povo grego também contribuiu no campo da religião para preparar o mundo a aceitar a nova religião cristã quando ela surgisse, pois esse povo se voltou totalmente para a filosofia, que com o tempo perdeu o vigor. O cristianismo colocou a disposição dos gregos um relacionamento pessoal co Deus saciando os corações famintos.
-Desse modo o sistema grego e romano de filosofia e religião contribuíram para a vinda do cristianismo ao destruírem as velhas religiões politeístas e demonstrarem a incapacidade da razão para alcançar Deus.


-Contribuições religiosas dos Judeus:
-O Judaísmo pode ser considerado o caule onde haveria de brotar a rosa do cristianismo.
-A salvação viria, pois “dos judeus”, com Cristo diria a mulher do poço (Jo 4.22). Dessa pequenina nação cativa, situada na encruzilhada da Ásia, África e Europa. O judaísmo forneceu a hereditariedade do cristianismo e, ao mesmo tempo, deu abrigo à religião que havia acabado de nascer.
-Características herdadas:
-Monoteísmo, Esperança Messiânica, Sistema Ético, Antigo Testamento, Filosofia da História e a Sinagoga.


Este resumo foi retirado da seguinte BIBLIOGRAFIA - Cairns, Earle Edwin, O Cristianismo Através dos Séculos, Uma História da Igreja Cristã, Editora Vida Nova



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