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Grécia Antiga - Resumão

GRÉCIA

Localização – abrangia o sul da Península Balcânica (Grécia Continental), ilhas do Mar Egeu (Grécia Insular) e o litoral da Ásia Menor (Grécia Asiática).
- A partir do século VII a . C., o território da Grécia européia foi ampliado com a fundação de diversas colônias no Mediterrâneo Ocidental, principalmente no sul da Itália (Grécia Magna).
- Origem – ligada a história de Creta, que tinha uma privilegiada posição geográfica favorecendo o contato marítimo com o Egito, a Grécia e a Ásia Menor – desenvolvimento de grande comércio.
- desenvolvimento da civilização cretense – poder concentrado em mãos de uma elite comercial liderada por reis, descendentes do lendário Minos. A cidade de Cnossos era a capital do reino.
- Religião – adoravam a deusa mãe o que dava a mulheres algum direito.
- século XV a . C. invasão dos Aqueus – início da civilização creto-micênica.
Povoamento da Grécia
Primeiros povos – pelasgos ou pelágios depois a região sofreu invasões de povos indo-europeus.
Aqueus – fundaram Micenas – berço da civilização creto-micênica.
Eólios – ocuparam a Tessália.
Jônios – fixaram-se na Ática e fundaram Atenas
Dórios – povo essencialmente guerreiro responsáveis pela destruição da civilização micênica e conseqüente deslocamento de contingentes populacionais para diversas ilhas do Mar Egeu – 1ª Diáspora Grega.

Período – Pré-Homérico – (séc XX ao XII a. C.)
Período – Homérico – ( séc XII ao VIII a. C.)
Período Arcaico – ( séc VIII ao VI a. C.)
Período Clássico – ( séc V ao IV a. C.)
Período Helenístico – ( séc III ao II a. C.)

TEMPOS HOMÉRICOS - ( Séc XII ao VII a. C.)
- História contada através dos poemas Ilíada e Odisséia.
Ilíada – Conquista da cidade de Tróia pelos Aqueus
Odisséia – Aventuras do herói grego Odisseus em seu retorno após a guerra de Tróia.

Sociedade - Dividida em Genos – famílias, constituídas por um grande número de pessoas sob a liderança de um patriarca.
Período das comunidades gentílicas
Geno – unidade econômica, social, política e religiosa.
Economia rural e coletiva. – tudo que se produzia era dividido igualitariamente.
Pater – Autoridade máxima, juiz, chefe religioso, chefe militar, nos genos a hierarquia era definida pelo grau de parentesco com o pater.

Desintegração dos Genos – século VII a . C. – motivos:
Crescimento populacional, aumento de consumo, produção limitada, poucas terras férteis e técnicas de produção rudimentares.

- A luta pela sobrevivência gera guerra entre os genos, alguns se unem formando uma Fátria, da junção dessas forma-se a tribo.
- As tribos quando se unem formam o DEMO (povo, povoado)
A crise na sociedade gentílica alterou:
- a propriedade (terra) não era mais coletiva e foi dividida desigualmente pelo pater – originando classes entre os povos:
Eupátridas – (bem nascidos) – era os parentes mais próximos do pater a quem ele distribuía a melhor terra.
Georgóis – (agricultores) – eram parentes mais distantes e ganhavam terras menos férteis.
Thetas – (marginais) – ficaram sem ganhar nada.

A crise na comunidade gentílica ocasiona inúmeros conflitos gerando a segunda diáspora grega.
Migração para a região do Mediterrâneo Ocidental assim surgindo diversas colônias: Terento, Siracusa, todas no sul da Itália – Magna Grécia

A união de várias tribos deu origem a comunidades independentes – as Polis – ou Cidades Estados, que tinham como ponto central a Acrópole – era a parte mais alta da povoação que era governada por um conselho de Aristocratas, os eupátridas.

TEMPOS ARCAICOS - ( Séc VIII ao VI a. C.)

- Transformação na sociedade grega
- Saída de uma economia domestica para uma economia de mercado local.
- Aristocracia se enriquecia e houve um aumento das desigualdades sociais.
- Aos poucos a monarquia foi substituída pela oligarquia (governo de poucos).
- Formação de mais de 100 cidades-estados.
- Aumento das desigualdades sociais, aos poucos a monarquia passava para Oligarquia (governo de poucos)
- Formação de mais ou menos cem cidades-estados, ode temos como ícones:Esparta – oligárquica e Atenas - democrática



ESPARTA – localizada na Península do Peloponeso.
Estrutura Social
Espartanos ou Esparciatas – descendentes dos conquistadores dórios, únicos que tinham cidadania e direitos políticos – classe privilegiada, tinham o poder militar, político e religioso.
Periecos – habitantes dos arredores descendentes de populações nativas que se submeteram aos espartanos. Eram livres e se dedicavam ao artesanato e comércio.
Hilotas – servos pertencentes ao estado e prováveis descendentes das populações conquistadas pelos dórios.

A sociedade de Esparta sempre teve um caráter guerreiro e a solidificação veio com a conquista da região da Messênia – a grande quantidade de escravos e terras conquistados foram distribuídos aos espartanos que tinham tudo para seu sustento e agora poderiam se dedicar exclusivamente a vida militar.

Estrutura política
- Diarquia – dois reis com função religiosa e guerreira
- Eforato – tinha a função executiva – em número de 5
- Gerúsia – com 28 membros, com idade superior a 60 anos, tinha função de corte suprema e controlava as ações dos diarcas.
- Apela ou Assembléia popular – Formada por todos os cidadãos maiores de 30 anos, tinha a função de votar leis e escolher gerontes.
- Esparta manteve-se sempre oligárquica, todas as ações visava perpetuar a estrutura social existente.
- Educação rígida, intensamente dirigida para a obediência à autoridade e para aptidão física, fundamentais em um estado militarizado.

ATENAS – Situada ba Ática

Região de planícies férteis – Pedium
Regiões Montanhosas áridas – Diacria
Regiões Litorâneas – Paralia.
Fundada pelos Jônios.

Estrutura política:
Arcontado – composto por nove arcontes
Arconte Polemarco – poder militar e julgamento de estrangeiros.
Arconte Epônimo – poder religioso
Arconte Thesmothetas – poder judiciário sobre os Thetas e Georgóis.

Areópago – conselho composto por eupátridas com a função de regular a ação dos arcontes.

Em Atenas, no período pós-homérico – houve uma expansão grega (2ª diáspora) com grande impulso do comércio com outras cidades como: Corinto, Megara, etc.

Estrutura Social – dentro da sociedade ateniense havia grandes discordâncias com rivalidades e lutas, legisladores vão tentar melhorar a situação.
Drácon – organizou e registrou por escrito as leis mantendo todos os privilégios.
Sólon – eliminou as hipotecas, a escravidão por dívida, dividiu a população conforme a renda.
Criou a Bulé – conselho de participantes das tribos em uma quantidade de 400 pessoas.
Eclésia – assembléia popular que aprovava as mediadas da bule.
Helieu – tribunal de justiça aberto a todos os cidadãos.

OBS – Todas estas medidas não foram suficientes para desfazer o descontentamento social.

As reformas favoreceu o início de um período dominado pelos tiranos – ditadores que usurpavam o poder:
Psistrato – fez algumas obras públicas tentando melhorar a vida de Thetas e Georgóis.
Hiparco e Hipias eram filhos de Psistrato, não deram seguimento ao governo do pai e foram tirados do governo, através de uma revolta, por Clístenes.
Clístenes – finaliza a ditadura e inicia a democracia ateniense.
- redividiu Atenas em 10 tribos, neutralizando o poder dos eupátridas
- eliminou o papel político dos genos, tribos e fátrias.
- Bule passoua contar com 500 membros, 50 de cada tribo.
- Eclésia teve seus poderes ampliados podendo votar o OSTRACISMO – exílio por um período de 10 anos contra todos que colocassem em perigo a democracia ateniense.
- Da democracia ateniense participavam todos os cidadãos atenienses, adultos, filhos de pai e mãe ateniense. Ficavam de fora os estrangeiros (metecos), os escravos e as mulheres.
Clístenes – pai da democracia.

TEMPOS CLÁSSICOS - ( Séc V ao IV a. C.)

Guerras Médicas – enquanto Atenas fortalecia sua democracia, o império Persa, de Dario I, avança sobre cidades gregas da Ásia Éfeso, Mileto, etc.
- Atenas envia reforço para combater os persas o que não foi suficiente.
- Atenas chega a ser incendiada pelos persas.
- Confederação de Delos – união militar das polis gregas para enfrentar um inimigo comum – os Persas.
- Cada cidade grega deveria contribuir com navios e dinheiro o que seria concentrada na Ilha de Delos.
- Quase todas cidades gregas se aliaram a comando de Atenas, contra um inimigo comum – Os Persas.
- Os gregos ganham a guerra, libertam algumas províncias – vitória decisiva na batalha de Eurimedom em 468 a.C.
- A paz foi assinada em 449 a.C. – Paz de Cálias ou Címon.
- Os Persas se comprometeram a abandonar o Mar Egeu.
- Atenas aproveita sua liderança sobre as outras cidades para alcançar seu auge, considerada a Idade do Ouro de Atenas.
- A cidade seu melhor momento econômico, militar, político e cultural.
- Governo de Péricles – Atenas se torna a mais importante cidade grega – grandes reformas, aperfeiçoou a democracia permitindo o ingresso na política de grande parcela da população, anteriormente excluídas.
- Péricles embelezou e reconstruiu Atenas – destaque – Paternon.
- Péricles inicia uma política imperialista envolvendo as outras cidades gregas, o desenvolvimento e manutenção da democracia grega dependiam desta política – além do comércio intenso, Atenas também dependia dos tributos coletadas em outras polis.
- Atenas interferia na política interna das outras cidades o que ocasionou uma reação das outras polis.
- Para Atenas Péricles era democrático para outras cidades era imperialista.
- Esparta contrariada com tal situação alia-se a outras cidade, também contrariadas, e fundam a Confederação do Peloponeso,que tinha a liderança de Esparta.
- Formam-se então dois grupos rivais dentro da própria Grécia, faltava o estopim para o início da guerra.

- Atenas faz algumas restrições comerciais a Corinto, que participava da Liga do Peloponeso ao lado de Esparta, essa atitude foi o necessário para o início da guerra.
- Era o início da Guerra do Peloponeso, que durou 10 anos.
- De início Esparta tem vantagens mas a guerra foi muito desgastante para toda Grécia, os conflitos se estendiam sem que houvesse vitórias ou derrotas definitivas.
- 421 a.C. foi assinada a Paz de Nícias, a qual foi rompida por Atenas, as lutas se encerram definitivamente com a vitória espartana de Egos Potamos.
- Inicia-se um período de hegemonia espartana e declínio da democracia ateniense.
- Esparta cede seu domínio para Tebas que era uma grande potência militar.
- as guerras de gregos contra gregos facilitam o posterior domínio macedônico.

Cultura Grega
- cultura rica que influenciou todo o mundo ocidental.
- destaque: escultura, pintura, teatro, arquitetura, etc
- Religião politeísta – os deuses viviam no Olimpo – estavam sujeitos as mesmas paixões humanas.
Zeus – grande deus / Héstia – deusa dos lares / Deméter – deusa da terra
Hera – Esposa de deus / Poseidon – mar / hades – deus do inferno
Obs: quem fez o homem foi um Titã que se chamava prometeu.
Ares – guerra / Afrodite – amor / Apolo – adivinhação, luz e arte
Hermes – comércio / Atena - razão e paz / Dionísio – vinho

Hércules – herói que fez grandes trabalhos para o povo grego.

Teatro – acessível a toda população, era de grande importância na educação – dividida em tragédia e comédia.
Destaques: Ésquilo – criador da tragédia – Os Persas; Os sete contra Tebas; Prometeu acorrentado.
Sófocles – Édipo rei; Antígona; Electra.
Aristófanes escreveu comédias – As vespas, as nuvens, as rãs.
Eurípedes – Medeia, As Troianas.

- Na História os gregos foram os primeiros a tratar com espírito científico, separando lendas de fatos.
- Heródoto – pai da história / outros – Xenofonte e Tucídetes
- Poesia destaque – Ilíada e Odisséia
Filosofia – Os filósofos eram os “amigos da sabedoria”, tinham espírito crítico destruíram crenças, mitos e construíram teorias.
Filosofia - PHILO – Amor fraterno / SOFHIA – Sabedoria

Destaques:
Escola de Mileto – Tales de Mileto, Anaxímenes e Anaximandro – defendiam que tudo na natureza derivava e dependia de um elemento básico- a água.
Escola Pitagórica – fundada por Pitágoras – tudo no universo se transforma.
Escola Sofista – negava uma verdade absoluta destaque para Protágoras.
Escola Socrática – fundada por Sócrates – defendia que a reflexão e a virtude eram fundamentais na vida, continuou o pensamento com Platão e depois Aristóteles.

PERÍODO HELENÍSTICO

- Século III a.C. ao II a. C.
- Enquanto as cidades gregas estavam em decadência provocada pelas guerras internas (peloponeso), os macedônios estavam sempre se fortalecendo, e começavam a conquista de territórios vizinhos.
- No início o comando dos macedônicos estava nas mãos de Felipe, esse morre e comando passa para Alexandre, seu filho, que conquista a Ásia Menor, ORIENTE próximo, Egito e escolhe a Babilônia como sede de seu império.
- Alexander morre precocemente e seu reino é dividido entre 4 generais.
Ptolomeu – ficou com o Egito, Fenícia e Palestina.
Seleuco – Pérsia, Mesopotâmia e Síria.
Classandro – Macedônia
Lisímaco – Ásia Menor e Trácia.

- O fracionamento império de Alexandre possibilitou seu enfraquecimento e posterior conquista pelos romanos nos séculos II e I a.C.
- Culturalmente o resultado das campanhas de Alexandre foi a fusão da cultura grega com a cultura oriental, transformando em uma nova forma de expressão – o HELENISMO, que trouxe grande impulso a ciência..
Ptolomeu – defendeu a tese do sistema geocêntrico, na Geografia Erastótenes calculou a medida da circunferência da Terra.
- Na Matemática e Física destacaram-se: Euclides – bases da geometria / Arquimedes – descobriu os princípios básicos da Física.
- Na política retomou-se o despotismo oriental, foram sepultadas as liberdades e direitos da Democracia.

Na Filosofia:
Estoicismo – fundado por Zenão, propunha que a felicidade estava na obtenção, por meio da virtude, de um perfeito equilíbrio interior, capaz de permitir ao homem aceitar com a mesma serenidade a dor e o prazer, a ventura e o infortúnio.
Epicurismo – nome deriva de seu criador Epicuro, sustentava que a felicidade humana consistia apenas na busca e obtenção do prazer.
Ceticismo – fundado por Pirro, defendia que a felicidade consistia em não se julgar coisa alguma, pois as coisas parecem ser de tal ou qual maneira, mas não se saber como elas são realmente.

Obs: a Atenas clássica caracterizou-se na arte pela busca do equilíbrio da harmonia e da serenidade, na Filosofia, pelo caráter especulativo e antropocentrista, na política o regime era democrático.
No período helenístico a política era caracterizada pelo despotismo e na arte pelo realismo, dramaticidade e na Filosofia o mundo transcendental foi muito importante, com a diminuição da importância do ser humano resultando em doutrinas tais como o ceticismo, estoicismo e epicurismo.
Bibliografia - História Geral - Cláudio Vicentino

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